Enxergamos na dualidade do Humaitá a alma deste projeto. Entre as manhãs agitadas da beira da Lagoa e as noites boêmias da Cobal, o bairro vive entre o dia e a noite, vendo o passar do Sol por detrás do maciço que conforma o seu vale aos pés do Redentor. Valorizar esse entorno através da amplitude visual e dos enquadramentos da vista tornou-se um norte, assim como uma inspiração.

O chiaroescuro dessas relações cotidianas provocou o desenho da fachada, onde os tons claros e escuros em contraste encontram-se com elementos extraídos dos casarios do entorno, como a madeira e os azulejos. Com uma releitura contemporânea, os azulejos ganham especial atenção através do grande mosaico de pretos e brancos nas empenas e, sobretudo, no térreo, onde buscamos inspiração nas artes urbanas vistas na vizinhança, convidando o grupo Atelier Azulejaria, coordenado pela artista Laura Taves, para a confecção de um painel especialmente para o projeto. Acolhendo quem chega ao Visi, a arte para a cidade é um ao mesmo tempo afetiva e atual.