Bossa 107

Dividido em subsolo, térreo, três pavimentos-tipo e cobertura com áreas comuns de lazer na parte central, o edifício tem oito estúdios por andar, com áreas a partir de 28 metros quadrados. A fim de aumentar a sensação de amplitude e o conforto térmico nos apartamentos e de explorar a vista para a copa das árvores, o projeto buscou a melhorar relação entre o terreno estreito e comprido, a rua e a vila vizinha, ambas bastante arborizadas.

A ideia era trabalhar diferentes especialidades, evitando um bloco monolítico, o que levou a prismas deslocados entre as unidades e as varandas. Na lateral da vila, os recuos entre um apartamento e outro são tomados por jardins verticais que reforçam a relação como exterior. Guarda-corpos metálicos com perfis leves e divisórias de vidro entre as varandas dão delicadeza ao conjunto.

Devido à limitação de área, o salão gourmet e uma área de convivência estão integrados à portaria. O espaço é complementado por uma varanda voltada para a rua, valorizando o entorno cultural do bairro, onde as pessoas costumam ocupar as calçadas. Como o prédio tem apenas cinco andares, não havia a exigência legal de escada de incêndio enclausurada, o que permitiu criar a circulação vertical aberta.

O jardim frontal posicionado na calçada, com o gradil recuado por trás, é uma gentileza urbana que leva mais verde às ruas. Outra característica do desenho é o uso da comunicação visual para ocultar as caixas de entrada das instalações. A numeração do edifício foi aplicada diretamente sobre o gradil.